
Hoje eu vou contar a história de uma paixão não correspondida. Ela é triste, porém é bonita.
Marina é uma menina doce, meiga e adorável. Ela tem uma grande amiga chamada Marimoon. Elas estudam juntas. A classe delas tem uma turma muito grande. Marina de muitas formas é uma garota especial, uma delas é possuir uma sensibilidade bastante aguçada.
Marina é querida por todos e gosta de todos também, mas tem um menino na sala que a deixa com uma sensação estranha. Ela sabe que ele é uma boa pessoa, mas também tem a certeza de que se ela se aproximar dele vai acabar se apaixonando por ele. Então ela resolve manter distância. E o menino percebendo a forma de agir de Marina ainda é mais cauteloso.
Um ano se passa e todos estão reunidos na escola para mais um ano letivo. A turma é a mesma e nesse ano Marina resolve pôr os seus pressentimentos de lado e ser amiga do garoto. Ela sabe que Henrique é muito legal, divertido e engraçado e ela quer ser amiga dele.
Com o decorrer dos dias, Marina percebe que Henrique sempre está olhando para o lugar onde ela senta - o meio da sala - e inocentemente acha que ele olha para ela. Então ela comenta isso com Marimoon e as duas passam a observá-lo e confirmam, entre elas, as suspeitas. Marina começa a pensar que Henrique gosta dela e fala isso para Marimoon. A amiga de Marina fica preocupada, então ela resolve prestar mais atenção em Henrique, Marimoon pressente que sua amiga acabará se apaixonando por ele e não quer que ela se magoe.
Certo dia, Marimoon diz para Marina que Henrique não está apaixonado por ela e também não olha para ela, apenas olha para o lado oposto da sala de aula. Marina passa a olhar a situação sob esse novo ângulo e percebe que sua amiga está correta. Mas o mal já estava feito. A sementinha da paixão já estava plantada em seu coração e Marina não conseguia tirar Henrique de seus pensamentos. Ela perdia horas do seu dia imaginando como seria beijar a boca de Henrique e como ele se declararia para ela. Absorta em seus devaneios ela perdia o sentido da razão e da verdade, restava para Marimoon tentar despertá-la de seu mundo de fantasias.
Pobre Marina, mal sabia ela que a partir desse momento viveria uma experiência frustrada, a qual carregaria para a vida toda. Desde o dia em que decidiu que queria namorar com Henrique ela tentou tornar-se amiga dele. Usando de seu jeitinho meigo e doce foi conquistando, aos poucos, a confiança dele. Sempre muito carinhosa, conseguiu tornar-se uma das melhores amigas dele. A que ele gostava de conversar sobre tudo, inclusive sobre seus relacionamentos. Ela, como boa amiga, era sempre muito discreta e nada que ele dissesse a ela ela contava para outra pessoa, a não ser coisas banais como a nova ficante dele ela falava para Marimoon, sua melhor amiga, mas em segredo e nada do que ele contasse para ela sobre esse assunto saia dentre elas duas e aos poucos ele foi ficando amigo também da amiga de Marina.
Marina e Henrique construíram uma amizade sólida e muito bonita, mas Marina queria algo muito além da amizade. Ela queria o coração de Henrique. E esse parecia estar cada dia mais longe de seu alcance.
Os primeiros meses do ano se foram e com eles alguns sonhos de Marina, mas como diz aquele velho ditado "a esperança é a última que morre" os desejos de Marina continuaram da mesma forma. Nesse período Marina conheceu uma nova amiga, tão doce quanto ela, porém, essa nova amiga, possuía um diferencial muito importante: ela era uma mulher e belíssima. Marina, coitada, era uma menina. Mesmo possuindo a mesma idade, o físico delas dizia outra coisa. Marina parecia uma menina, mas tinha uma mente de mulher. Já Ágatha, a nova amiga, tinha corpo de mulher, mas cabeça de criança. Que paradoxo, não?
